Tibério Vargas Ramos
Ensaios
O exemplo de Cássia Kis
Não quero amanhã ser acusado de omissão nessa encruzilhada crucial da história brasileira

Tibério em 2022 (Foto Wolmy Alves)

Tibério Vargas Ramos

 

Diante do vídeo gravado, neste outubro de 2022, pela excelente e premiada artista global Cássia Kis, me senti na obrigação de me posicionar publicamente no segundo turno da eleição Presidencial. Afinal, sou jornalista há mais de 50 anos, professor-titular de Redação na PUCRS durante 40 anos, ajudei a formar centenas de alunos para trabalhar na imprensa, autor de quatro livros de relativo sucesso no Sul, dois romances (Acrobacias no Crepúsculo e Sombras Douradas), a novela Santa Sem Véu e Contos do Tempo da Máquina de Escrever. Não quero amanhã ser acusado de omissão nessa encruzilhada crucial da história brasileira.

Desfile de 7 de setembro de 1966, em Alegrete (Arquivo Pessoal)

Vejo o voto em Lula dado por fidelidade incondicional de antigos e neo petistas, atração fatal, conivência, relativização de valores, interesses, irresponsabilidade e nojo estético do Bolsonaro. Telespectadores que não se desapegaram da Rede Globo e os últimos leitores da Folha. Funcionários públicos de olho na almejada gratificação por função. Suponho que vegetarianos e veganos adesistas não estão interessados na mortadela oferecida e na picanha prometida. São idealistas de florestas de samambaia e roupas recicladas. Remanescentes da guerra fria e dos anos de chumbo continuam vivendo em 1960, com antigas cartilhas e os mesmos velhos livros que li naquela época. Somaram-se novos eleitores, filhotes amestrados de professores militantes em escolas públicas e privadas de mensalidade bem cara. Proselitismo a Lula também aparece na defesa de uma suposta “democracia” em nome de romantizar o socialismo e o comunismo, que historicamente são alicerçados no autoritarismo, castas dirigentes, inteligência paga, corrupção, miséria social, degradação humana, estado policial, espionagem, delação, prisões arbitrárias, expurgos, assassinatos e paredão. Cuba e Venezuela ficam logo ali. Quero continuar escrevendo o que penso. A liberdade acima de tudo.

Voto em Bolsonaro pelo nacionalismo, a Amazônia do Brasil, água, cultura e desenvolvimento para o Nordeste. Investimentos em infraestrutura e no parque industrial. Agronegócio e posse da terra aos pequenos agricultores. Um país continental celeiro do mundo. A bola da vez em investimentos internacionais. Honorabilidade, honestidade, assistência social aos vulneráveis, educação de qualidade, pública e privada, oportunidades de emprego, empreendedorismo e renda. Garantia à propriedade e crédito para ascensão social. Sem corrupção, menos estado, redução de impostos e burocracia, responsabilidade fiscal, controle da inflação. Valores éticos e morais, família, coleguismo, amizades, preservação da intimidade, segurança e justiça. Sem segregação humana, racial e respeito à opinião e individualidade. Pela vida, não ao aborto, contra as drogas, contra a censura oficial ou judiciária, não à regulamentação da mídia. O direito de ser ateu, agnóstico, cristão, espírita, maçom, orar como Cássia Kis. O orgulho pelo verde e o amarelo desde as casas imperiais de Dom Pedro I e Dona Leopoldina, passados 200 anos. Independência, liberdade, solidariedade, ordem e progresso.

Publicado em 10/10/2022
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