Tibério Vargas Ramos
Tibério Vargas Ramos, escritor gaúcho

Tibério em sua casa, em Alegrete, na companhia do Brad (Arquivo Pessoal)

Edição capa dura, 384 páginas da Editora AGE, Porto Alegre (Reprodução)

Breno Caldas (1910-1989)/ Acervo

Professor titular da PUCRS de Jornalismo e Relações Públicas durante 40 anos

Tibério no centro de Santa Maria/RS, em 2024 (Arquivo Pessoal)

Livro – Acrobacias no Crepúsculo

Romance Acrobacias no Crepúsculo (Reprodução)

Livro – A Santa sem Véu

Novela A santa sem véu (Reprodução)

Livro – Contos do Tempos da Máquina de Escrever

“O general e a comunista”, entre outros contos (Reprodução)

Livro – Sombras Douradas

Romance Sombras Douradas (Reprodução)

Sombras Douradas na Saraiva do Praia de Belas (Arquivo)

Tibério em foto de Elson Sempé Pedroso

Da Redação do Site

O jornalista, professor universitário e escritor gaúcho Tibério Vargas Ramos lançou, em 2024, o primeiro volume da Trilogia Tempo & Destino, de histórias reais, pela Editora AGE, de Porto Alegre. A biografia Breno Caldas – A Imprensa e a Lenda retrata a saga familiar, o apogeu, a glória e a falência de Breno Caldas, que dirigiu durante 49 anos, o tempo do reinado de Dom Pedro II, o jornal Correio do Povo, da Capital gaúcha, fundado pelo seu pai, Caldas Júnior, no século 19.  Foi o imperador da imprensa do Sul do Brasil, no século 20.

O Doutor Breno foi fazendeiro, criador de gado, proprietário de cavalos de corrida, veleiro, dono de jornais, rádio e televisão. A crise financeira da empresa e a desvalorização da moeda o levaram a se desfazer de toda a fortuna para salvar pelo menos o Correio do Povo. Vendeu a metade de sua estância na Capital, onde residia no casarão, na Ponta do Arado, na beira do Guaíba, só para rodar o jornal de seu pai por mais seis meses. Terminou o papel, findou o sonho e acabou a resistência.

Tibério nasceu em 24 de setembro de 1948, em Alegrete (Rio Grande do Sul, Brasil), a 100 km aproximadamente das fronteiras do Uruguai e da Argentina. É um autor cosmopolita identificado com o Sul. Autor de dois romances, uma novela, contos e agora uma biografia, todos publicados pela Editora AGE.

Começou no jornalismo em 1969, na Zero Hora. Em 1970, ingressou na Folha da Tarde, da Empresa Jornalística Caldas Júnior. Trabalhou 15 anos para Breno Caldas, dez anos na Folha da Tarde e cinco anos no Correio do Povo.

Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em 1972, foi professor titular da PUCRS de Jornalismo e Relações Públicas, durante 40 anos, de 1977 a 2017. Ele é casado com Wolmy Barros Alves, revisora, e tem um filho, Rodrigo Ramos, jornalista, e a neta Amanda.

Apesar de escrever literatura desde 1984, seus primeiros romances e contos continuam inéditos por “falta de oportunidades no mercado editorial, mas também por insegurança e dúvidas sobre a qualidade”, explica o autor com sinceridade. Não são exatamente manuscritos, mas páginas datilografadas que continuam guardadas na biblioteca de sua casa, em Porto Alegre. “Serviram como aprendizado”, resigna-se.

Somente em 2012 saiu tardiamente seu primeiro romance, Acrobacias no Crepúsculo, pela AGE, sua obra até então mais conhecida e mais vendida. “Não participei de guerras, êxodos, mas resolvi escrever sobre o tempo em que vivi, anos 1950, 1960, 1970, 1980, a aviação, o início da informatização. Durante quatro anos construí uma ficção, com personagens verdadeiros e fictícios, cidades verdadeiras e imaginárias. Quando terminei, pensei: se ninguém se interessar em ler é porque minha vida não teve nenhum interesse”, pensei. “Felizmente Acrobacias foi bem aceita pelos leitores, principalmente o público feminino, e a crítica”, aliviou-se o romancista estreante.

No ano seguinte, a Editora AGE publicou mais dois livros inéditos de Vargas Ramos: a novela a Santa sem véu e Contos do tempo da Máquina de Escrever, ambos eróticos. “Mais ou menos como a passagem Ester no Velho Testamento”, brinca o escritor.

Em 2015, foi editado pela AGE o romance Sombras Douradas, uma ousada mistura de duas histórias ocorridas durante o Renascimento, no século 16, na Europa, e a era da informática no século 21, em Porto Alegre. “Sou um autor demorado, muito exigente, entre idas e vindas levei dez anos para concluir as Sombras”, revela Tibério.

Em 2015, foi Escritor Homenageado na 36ª Feira do Livro de Alegrete, sua terra natal. Em 2020 seria o Patrono do Evento, mas a Feira não se realizou em razão da pandemia.

Desde 2015, ele escreve a trilogia Tempo & Destino, de histórias reais. Trabalha em sua biblioteca, em Porto Alegre, mas também nas casas da praia, “o murmúrio do mar”, e de Alegrete, “a companhia agradável dos fantasmas familiares”, sorri. “As trilogias muitas vezes trazem uma síndrome negativa e não conseguimos terminá-las”, por isso Vargas Ramos concluiu os três volumes para começar a publicá-los. O primeiro foi “Breno Caldas”. Os outros dois estão em fase de revisão do conteúdo e eventuais acréscimos.


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