Tibério Vargas Ramos
Assisti ao premiado filho argentino “Paulina”, remaker da película “La Patota”, da década de 60. O conflito de um pai comunista na juventude e conservador na maturidade com a filha Paulina, contestadora. Ela deseja fugir do destino bem-sucedido proporcionado pelo pai jurista, doutorado em Direito, em nome de seus ideais, tornando-se professora de Ciências Sociais na periferia de Posadas. O enredo se constrói diante de um fato concreto e dramático, muito bem conduzido. No fim do filme, perguntam para ela: “Jura dizer a verdade?” Ela responde “Juro”. Pelo close final de seu rosto, talvez diga, contrariando sua ideologia. A verdade. O que aproxima o ser humano dos animais dóceis e distancia (um pouco) dos ferozes.