Em 1960, a UDN tradicional conservadora e a bossa nova, liberal, a “classe média consciente”, os “limpinhos”, intelectuais, artistas e até comunistas fecharam o nariz e votaram no histriônico Jânio Quadros para derrotarem os populistas, fascistas do Estado Novo, candidato militar, blá-blá-blá. Jango conseguiu furar a bolha e se reelegeu vice, na época escolhido em eleição separada. Com o início desastroso do novo governo que durou apenas sete meses, com decretos sobre rinhas de galo e tamanho do biquíni, as pessoas começaram a cair fora. “Eu votei no Lott”, diziam. Como assim, cara-pálida! Se tanta gente tivesse votado no marechal, ele teria ganho.