O escritor do Sul, Tibério Vargas Ramos, lançou o seu novo romance, “Sombras Douradas”, durante a 61ª Feira do Livro de Porto Alegre. Foi no dia 5 de novembro de 2015, uma quinta-feira, às 19h, no Pavilhão de Autógrafos, na Praça da Alfândega, centro da capital gaúcha.
A histórica Feira do Livro de Porto Alegre, que começou em 1955, teve sua 61ª edição de 30 de outubro a 15 de novembro. O patrono de 2015 foi o escritor de livros infantis Dilan Camargo. Nascido em Itaqui, é vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura, maior distinção cultural do Rio Grande do Sul.
Dilan Camargo, ao ser indicado como patrono, em 1º de outubro, disse que a homenagem era um reconhecimento de sua obra. “Quando escrevo livros infantis, volto a ser o guri que um dia fui”, afirmou. Ele assegurou que pretendia trabalhar para divulgar outros escritores durante a Feira. “Sem leitura nenhum ser humano se constrói”, arrematou.
José Vicente Ramos, Tibério Vargas Ramos e o escritor Tabajara Ruas no lançamento de “Sombras Douradas” na Feira do Livro de Porto Alegre 2015
Natural de Alegrete, também na fronteira oeste como Itaqui, Vargas Ramos veio estudar em Porto Alegre em 1967 e desde 1969 desenvolve uma longa carreira profissional como jornalista e professor de Redação nos cursos de Jornalismo e Relações Públicas da Famecos (Faculdade de Comunicação Social) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Tibério estreou na Literatura em 2012 com o romance “Acrobacias no Crepúsculo”, uma história de aventura, família, dramática e erótica, publicado pela Editora AGE. Em 2013, saíram mais dois livros pelo mesmo selo: a novela “A Santa Sem Véu” e “Contos do tempo da máquina de escrever”, onde se destaca “O General e a Comunista”.
A nova obra, também editada pela AGE, começa com personagens retirados de uma velha Enciclopédia, com a reconstituição de suas vidas no século 16, na França e na Itália, e eles reaparecem na barra de rolagem do Facebook, em Porto Alegre, hoje. As duas épocas – o Renascimento e a Tecnologia – se misturam o tempo todo. “São historias de vilania, dominação e submissão, com discussões filosóficas, religiosas, humanismo, situações mundanas e erotismo”, explica o autor. Tudo termina no carnaval.
Na sessão de autógrafos, Tibério teve a oportunidade de reencontrar colegas do jornalismo e da academia, alunos, amigos e leitores de Porto Alegre e da fronteira oeste gaúcha, em especial Alegrete e Uruguaiana. Recebeu o abraço do escritor consagrado Tabajara Ruas, ex-colega de Tibério na Folha da Tarde. “Tabajara Ruas é uma das referências na minha geração, sua amizade muito me orgulha”, disse. Ainda em 2015, na 36ª Feira do Livro de Alegrete, em junho, os dois foram distinguidos, Tabajara como Patrono e Tibério como Escritor Homenageado.
Tibério Vargas Ramos com o historiador e escritor Walter Galvani
A Feira do Livro da capital gaúcha proporcionou que Vargas Ramos sentasse à sombra das árvores da Praça da Alfândega com Walter Galvani, historiador e escritor. Galvani foi diretor de redação quando Tibério era repórter de polícia da Folha, o extinto “vespertino da cidade”, sucesso de vendas nos anos 1970. Chefe e subalterno ficaram amigos para sempre.
O escritor Alcy Cheuiche disse que a capa de “Sombras Douradas” era uma das melhores da Feira do Livro de Porto Alegre 2015
Sotaque da Fronteira
Durante a Feira do Livro de Porto Alegre 2015, Tibério confraternizou, além de Tabajara Ruas, de Uruguaiana, com os escritores alegretenses Sergio Faraco e Alcy Cheuiche e o patrono de Itaqui. “É a literatura com sotaque da Fronteira”, brincou Vargas Ramos.
Cheuiche classificou a capa de “Sombras Douradas” como uma das mais bonitas da Feira do Livro de 2015. “Eu a vi nas bancas e ela chama a atenção”, comentou.
Os escritores alegretenses Sergio Faraco e Tibério Vargas Ramos
