Tibério Vargas Ramos
Nem Gabriel García Márquez em seus maiores delírios do realismo fantástico poderia imaginar uma republiqueta caribenha governada por um menino e prefeitos também meninos e meninas, como a de Pelotas. Como em Caçadas de Pedrinho e Reinações da Narizinho de Monteiro Lobato. Os súditos confinados nas cavernas e sepulcros, arrastando as correntes, sem água e caça. Os anjos nas estrelas e gritarem: Fiquem em casa. “Os arautos da descrença a ganhar os logradouros a cantar seus réquiens e a bradar suas mentiras”, como dizia Vinicius. Onze urubus a voar no céu azul para que ninguém saia dos subterrâneos. “E se nada der certo?” Pergunta um incrédulo. “Ora bolas, bota a culpa no Visconde de Sabugosa”, responde alguém com uma mecha grisalha nos cabelos.