Tibério Vargas Ramos
Ensaios
Republiqueta caribenha na pandemia

Visconde de Sabugosa em reprodução do livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato

Tibério Vargas Ramos

Nem Gabriel García Márquez em seus maiores delírios do realismo fantástico poderia imaginar uma republiqueta caribenha governada por um menino e prefeitos também meninos e meninas, como a de Pelotas. Como em Caçadas de Pedrinho e Reinações da Narizinho de Monteiro Lobato. Os súditos confinados nas cavernas e sepulcros, arrastando as correntes, sem água e caça. Os anjos nas estrelas e gritarem: Fiquem em casa. “Os arautos da descrença a ganhar os logradouros a cantar seus réquiens e a bradar suas mentiras”, como dizia Vinicius. Onze urubus a voar no céu azul para que ninguém saia dos subterrâneos. “E se nada der certo?” Pergunta um incrédulo. “Ora bolas, bota a culpa no Visconde de Sabugosa”, responde alguém com uma mecha grisalha nos cabelos.

Publicado em 11/8/2020
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