Tibério Vargas Ramos
(crítica)
Literatura contra efeito sépia

Juremir Machado da Silva (*)

Juremir Machado da Silva, jornalista e escritor

Juremir Machado da Silva, jornalista e escritor

Tudo pulsa como sempre: a poesia de Augusto de Campos, a poesia de Ferreira Gullart, a literatura produzida no Rio Grande do Sul e a polêmica emanada de Paris. Tudo pulsa conforme os gostos de cada um. Há quem se apegue ao passado como a nostalgia paralisante. Só no passado haveria intelectuais, obras-primas, polêmicas e cultura com “C” maiúsculo. Tudo se tornou mais leve, mas não menos pulsante. Gilles Lipovetsky, em “Da Leveza”, mostra que tudo, da tecnologia à arte, ficou menor, mais ágil, menos empolado. Os artigos culturais de antigamente abusavam do que no jornalismo se chama de “nariz de cera”: excesso de introdução. A Wikipédia e o Google acabaram com o artigo enciclopédico fornecedor de informações básicas. Hoje o desafio é maior: ser criativo e inovador. Nada mais.

(…) O novo, como dizia a canção, sempre vem. O jornalista alegretense Tibério Vargas Ramos investe no romance “Sombras Douradas” (AGE). Em resenha, o professor Cláudio Mércio classifica a obra como expressão do “pós-modernismo gaúcho”. A tentação da perfeição só no passado é uma lente que deforma o olhar desde sempre. Depois da querela entre modernos e antigos, a controvérsia entre pós-modernos e modernos, sendo que os antigos agora são os modernos. (Trechos de artigo de capa do jornalista, professor, escritor e crítico Juremir Machado da Silva, na capa do Caderno de Sábado, suplemento cultural do Correio do Povo, de Porto Alegre, em 5 de setembro de 2015)

Juremir Machado da Silva, historiador, escritor e jornalista, 14/9/2015

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