“Contos do Tempo da Máquina de Escrever”, seleção feita em 2013 dos primeiros textos literários de Tibério Vargas Ramos, redigidos em uma antiga Smith-Corona, na época em que era repórter de polícia do jornal vespertino e popular Folha da Tarde, de Porto Alegre, são ambientados nos anos 1970. Tendo como pano de fundo a época da ditadura, os enredos de rebeldia, repressão, dominação e aventuras amorosas envolvem estudantes, revolucionários, professores, políticos liberais, gangues radicais, militares e a maioria silenciosa em situações mundanas de dor, desafio e prazer. “O general e a comunista”, “Aqueles olhos verdes” e “O sorriso do cavalo-marinho” têm viés político-militar. Em “Bodas de porcelana”, o aniversário de casamento é a redenção da esposa do professor que namorava a aluna. “A viúva na janela” é a experiência do autor com o Realismo Fantástico tão em moda naquela época na América Latina. Vale a pena conferir.